BANDA RADARES
A
Barda Radares iniciou as suas atividades em meados de 2008, após a fusão de
duas bandas “Decadência” (Rock) e “Resistores” (Hardcore). Formada por
moradores do complexo de favelas V8 e V9 no bairro do Varadouro em Olinda,
esses músicos passam em suas letras um pouco da realidade de quem vive na
periferia, com letras que transmitem mensagens sobre “violência, política e
esperança”, refletindo assim o cotidiano de quem mora nas favelas. Com isso a
banda Radares iniciou uma ação em defesa da comunidade marcada pela violência e
exclusão social. E em 2010 essa banda juntou 17 canções, lançando assim o seu
primeiro CD, intitulado “Ilusão”.
JORGE RIBA
Foi
como sambista, ou tocador de bateria de escola de samba e nos terreiros de
candomblé que Jorge teve o seu primeiro contato com a música. Sócio fundador
dos primeiros afoxés de Recife e um dos primeiros compositores de música para
estas agremiações, foi um dos maiores incentivadores à criação dos blocos afros
e afoxés do estado, buscando sempre o reconhecimento e valorização da
identidade negra pernambucana. Fundador do afoxé Aalafin Oyó, Jorge Riba desde
o inicio buscou a congregação e fortalecimento das ações afirmativas em nosso
estado. Em definitivo como sambista Jorge vem atuando há 29 anos em palcos
e festivais de Recife e Olinda e também
fora do estado e do país, sendo responsável por rodas de sambas onde se reúnem
tradição da velha guarda com o bom gosto dos amantes do samba de raiz.
SKA MARIA PASTORA
Formada
em 2008, o Ska Maria Pastora é um projeto de música instrumental de músicos
pernambucanos que possuem em comum o gosto pelo ska, reggae e naturalmente pelo
frevo. Influenciada por Capiba, Nelson Ferreira, The Skatalites principal
expoente do ska, que misturam a música européia com a caribenha, a Ska Maria
Pastora usa as harmonias de clássicos do frevo para envenenar a musica
jamaicana. O resultado é uma música efervescente e dançante, tipicamente nem
refinada, nem popular, mais altamente universal e de pura identidade. A banda
lançou nesse segundo semestre de 2011 o seu primeiro álbum intitulado “As
Margens do Rio Doce”. A banda vem conquistando cada vez mais público,
participando de festivais no Recife, Olinda e em outros estados brasileiros.
MARCELO SANTANA
Pernambucano
de Casa Amarela (Recife), Marcelo Santana tem na essência de sua música a fusão
de diversos tipos de culturas e ritmos, tais como: reggae, maracatu,
caboclinho, coco de roda, baião, ciranda, afoxé entre outras. A sua composição
“América Central” foi classificada entre as melhores do ano de 1988 e 1989 no
Projeto Espaço Aberto da Fundação Joaquim Nabuco. De lá para cá, Marcelo
Santana desenvolveu um estilo próprio, com várias influências da música popular
do Brasil, mais também da música mundial, sobretudo a jamaicana. Carregada de
ska, dub, reggae, ragga, entre outros ritmos. Navegando nesse universo sonoro,
Marcelo trouxe para o seu trabalho uma função social, produzindo música de
transformação e reflexão. Seu mais novo trabalho é o CD “Ska, Reggae e Dub” que
será lançado até o final de 2011.
GRUPO BONGAR
O
Bongar é formado por seis jovens integrantes do terreiro Xambá, do Quilombo do
Portão do Gelo em Olinda.
Tem como propósito levar aos palcos a tradicional Festa do
Coco Xambá, realizada na comunidade há mais de 40 anos. O Bongar tem um
trabalho voltado para a preservação e divulgação da cultura pernambucana e a
formação cultural de seus integrantes tem origem no universo popular,
especificamente na comunidade religiosa Xambá.
O grupo mostra em suas apresentações toda a musicalidade do coco da
Xambá, uma vertente desse ritmo tão presente no Nordeste do Brasil. Além de
ciranda, maracatu, candomblé e outros ritmos da cultura raiz. Sua forte
musicalidade, advinda de diversas influências musicais vivenciadas nos cultos
afro-brasileiros, principalmente na linhagem Xambá, é herança deixada desde a
infância aos integrantes do Bongar.
DONA DEL DO COCO
Dona
Del do Coco, nascida e criada na Zona da Mata norte de Pernambuco, herdou dos
seis pais e avós a arte da cultura musical, sendo o seu pai sanfoneiro e seus
avós dominavam também o coco e a ciranda. Na sua infância costumava sempre
cantar enquanto trabalhava na roça. Após passar 9 anos no Rio de Janeiro, na
década de 80 Dona Del volta para Pernambuco, dando continuidade na composição
de suas músicas. Foi quando surgiu a oportunidade de sua primeira apresentação
a ONG SOS CIDADÃO, e a partir daí iniciou a sua trajetória de apresentações.
SHIFTY SIDE
Ironicamente
criada no mês que tradicionalmente é dedicado ao Carnaval, surge a banda Shifty
Side em Fevereiro de 2007, trazendo para Recife batidas de rock e hardcore. Na
raça a banda lança o seu primeiro EP “Caindo Sozinho” já em 2009 eles entram em
um estúdio para gravar de forma independente o CD intitulado “11 Segundos”,
mostrando um trabalho mais sólido, criativo e com muita identidade que foi
lançado em Dezembro de 2009. Hoje se
consolidam como uma das bandas mais influentes na cena local de hardcore em
Pernambuco, que os levam a participações em festivais, programas de TV, execuções
nas maiores web-rádios e convites em coletâneas de rock nacional e
internacional. Tendo como influência bandas como: NX Zero, Dead Fish, Queens of
The Stone Age, The Used e outras, a Shifty Side se prepara para o lançamento do
segundo CD intitulado “Máquina Humana”, marcando a entrada de Balis na bateria,
o que deixou a banda com uma nova pegada, com mais sonoridade e mais
alternativa.
COCO DO TORÉ PANDEIRO DO MESTRE
O
Pandeiro do Mestre é um dos grupos de coco mais requisitados de Pernambuco,
constantemente apresentando em festivais importantes do estado. A banda veio
animando os principais palcos e bares da Região Metropolitana do Recife, onde
também está inserido o coco como uma das diversões adaptadas nas cidades, uma
manifestação popular da diversidade cultural nordestina. O coco de toré que
domina o repertório do Pandeiro do Mestre é uma forma de expressão fortemente
influenciada pelos ritmos do coco-de-roda da região agreste-sertão e pela
musicalidade do toré, ritual dos índios do nordeste brasileiro. O grupo também
canta as cirandas de Baracho e da autoria de Nilton Jr. As poesias e as
melodias criadas pelo compositor Nilton Jr. descrevem, representam e captam os
sentimentos dos muitos, não somente da região, mas dos ouvintes fora do estado
e do país. Nos últimos anos, o grupo foi convidado para realizar os shows fora
do estado. A demanda dos artistas que procuram música com conteúdo cultural,
Nilton Jr. freqüentemente recebe pedidos de compor cocos. O grupo Pandeiro do
Mestre surgiu como um projeto paralelo da lendária banda Chão e Chinelo
(Integrantes: Maciel Salu, Rodrigo Caçapa, Gustavo Vilar, Guilherme Medeiros,
Márcio Costa e Nilton Jr.) que fez sucesso na década de 90 internacionalmente,
junto com outras bandas referenciais da época: Mestre Ambrosio, Comadre
Fulozinha, Chico Science & Nação Zumbi e Cascabulho. Aos poucos nasceu um
repertório de composições próprias e linguagem característica. O nome PANDEIRO
DO MESTRE é emprestado de um coco composto por Nilton Jr (hoje o único
remanescente da primeira formação), que presta homenagens à banda Cascabulho,
ainda no tempo em que a mesma fazia um projeto itinerante pelas feiras da
capital e do interior pernambucano, mostrando a música de Jackson do Pandeiro.
CAVALO MARINHO BOI PINTADO
Criando-se aos redores da casa do Mestre Batista
na Chã de Camará em Aliança, onde trabalhou muito, desde cedo com o cultivo da
cana-de-açúcar Mestre Grimario esquecia-se de si mesmo e pegava-se brincando,
imitando aquela figura para ele patriarcal com a brincadeira do Cavalo Marinho,
utilizavam de garrafas, latas e matos que arrancava para se fazer do Nego
Mateus e após muito “faz de conta” em brincadeiras com outras crianças, ele foi
tornando-se folgazão, começou como “daminha” onde os garotos se vestiam de
menina (pois na época ainda era proibida a presença de mulheres nas tradições
culturais daquela região), foi adquirindo as figuras de “Seu Ambrósio”, onde
recebeu um troféu como melhor figureiro, o “Pisa Pilão” dentre outros até
tornar-se mestre, mestrando o cavalo marinho do Mestre Batista. Devido sua
necessidade artística de ter seu próprio brinquedo vivendo desde a infância
acompanhando os mestres mais tradicionais desejava fazer “algumas modificações”
na brincadeira, então em Abril de 1993 criou o seu próprio brinquedo, e o
intitulou de "Boi Pintado" em homenagem a um boizinho que ele
estimava muito quando criança, chamado pintadinho. Hoje Mestre Grimario e o seu
"Cavalo Marinho Boi Pintado", são referencias dessa tradição da Zona
da Mata Norte em Pernambuco, onde ela mescla a tradição com modernidade,
levando o nome do nosso estado para outras regiões e até no exterior.
Texto por Cristiano Jerônimo
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