quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Domingo: maracatu, reggae e o som universal de Pax Nindi

Festival Cena Brasil 2012. Foto: Vinícius Rodrigues
No segundo e último dia do evento (domingo – 17), o 15º Festival Cena Brasil apresenta a proposta de um mix, que vai do maracatu ao reggae, música regional e a apresentação do inglês Pax Nindi, que traz uma mistura de África com Europa. 

Confira as atrações, uma a uma, e conheça mais sobre o trabalho dos artistas do Cena Brasil 2017. Confira!

Vem Dançar Olinda

O projeto Vem Dançar Olinda é uma iniciativa cultural que tem o intuito de desenvolver junto à população da região metropolitana do Recife e seus turistas a nossa cultura, através de diversas apresentações de dança com ritmos diferenciados. O Projeto que estáem seu terceiro ano, já está na sétima edição e vem sempre inovando e atraindo artistas e dançarinos profissionais (professores de dança) de diversos segmentos, transformando o evento em um verdadeiro festival de ritmo e dança popular ao ar livre. Nas suas apresentações e performances artísticas, os grupos desenvolvem suas atividades de forma competente e experiente, expondo na dança as raízes da cultura popular, mostrando seus verdadeiros valores. Serão apresentados variados ritmos regionais unidos às expressões dançantes e seus compassos. Com destaque para ritmo do Forró e Zumba. Segura o passo! Vamos dançar pra não dançar!!!

Lamento Negro

O bloco afro Lamento Negro completou 30 anos de existência no carnaval de 2017. Surgiu nos anos 1980 em Olinda, formado por um grupo de jovens, com o intuito de animar os fins de semana da comunidade de Peixinhos. Foi aos poucos entrando no cenário musical pela qualidade e peculiaridade do som que o grupo executava, a princípio inspirados nos afoxés e maracatus de Pernambuco, e no samba reggae de Salvador. No início dos anos 1990, Chico Science conhece o grupo e começa a ensaiar com eles, criando Chico Science e Lamento Negro, o que mais tarde se tornaria Chico Science e Nação Zumbi, com os mesmos integrantes (Gilmar Bola 8, Maia Nomoni, Toca, Maureliano, Pácua) entre outros. O grupo tem como estilo o afro pop, músicas de influências afro, ijexa, afoxé e maracatu.

Ancestral (Jorge Riba)

Jorge Riba, batizado Jorge José de Oliveira Ribeiro, nascido em Recife em abril de 1965, criado entre o Morro da Conceição e nas praias de Rio Doce (Olinda/PE), tem DNA de carnaval, de maracatu, de afoxé, de samba e de candomblé. Iniciou a sua vida religiosa ainda jovem, com a militância no movimento negro. Ainda em sua adolescência, veio a preocupação com o resgate das tradições africanas no carnaval e daí surgiu o brincante e artista Jorge Riba (1981). Compositor e percussionista, sócio fundador dos afoxés mais antigos dos quais foi compositor, produtor de festivais de arte e cultura negra, fundador do Movimento de Compositores de Samba de PE e sua Mesa de Samba Autoral. É componente do projeto “Zé Cafofinho e Suas Correntes” e lançou seu trabalho solo O Fino do Samba em 2006. Em 2010, lançou o CD Meu Recado, com 15 faixas autorais, e tornou-se uma das referências do samba em seu estado. Foi entrevistado na revista RAÇA BRASIL Jul/2011, participou do Brasilian Carnival Festival na Inglaterra (2012) e também foi convidado do sambista Diogo Nogueira, no programa Samba da Gamboa.

Maracatu Nação Camaleão

O Maracatu Nação Camaleão foi fundado em 08 de abril de 1990, em Olinda, pelo percussionista Márcio Carvalho e amigos. Considerado atualmente um dos mais completos percussionistas do estado. O desejo de mostrar a arte e a cultura pernambucana foi levando o grupo aos palcos do Sitio Histórico de Olinda e aos Monumentos do Recife. Nestes 27 anos,o grupo consolidou-se no cenário da cultura pernambucana como símbolo de resistência. O Maracatu Nação Camaleão começou seu trabalho no bairro do Varadouro. A nação realizou seu primeiro desfile, na cidade de Olinda, com ajuda da comunidade e amigos e, principalmente, da nossa madrinha Dona Euda do Maracatu Porto Rico, que providenciou a roupa da corte. O desfile hoje é uma grande celebração na cidade de Olinda. No fim da tarde do Sábado de Zé Pereira, na Rua da Boa Hora, tem início o ritual religioso de saída oficial do Maracatu Nação Camaleão, com em média 100 componentes. Já participou de eventos nacionais e internacionais.

Marlevou

Com as atividades iniciadas em 2013, a banda Marlevou leva para o reggae as influências regionais que permeiam a formação dos seus músicos. O nome do grupo foi criado a partir da reflexão dos componentes, que residem nas cidades do Recife e do Paulista, sobre os danos causados à natureza pela ação do homem. Além da proposta de consciência ambiental, o grupo produz uma música que vai além do reggae raiz, passeando por estilos genuinamente pernambucanos como o frevo, a ciranda e o maracatu.

Pax Nindi

Nascido no Zimbábue, Pax Nindi, também conhecido como Harare Dread é uma referência quando o assunto é música africana e reggae de raiz. Com mais de 30 anos na estrada, Nindi é conhecido pelas composições que questionam, entre outros assuntos, os valores familiares, preservação do meio ambiente, sobrevivência de seu povo, o sistema socioeconômico e político global. Pax Nindi, exilado no Reino Unido, no início dos anos 2000 ganhou destaque com sua trajetória musical na cultura africana, caribenha e nos últimos anos no Brasil. Esse ano ele volta ao Brasil para se apresentar no palco do Festival Cena Brasil, em Olinda. Seus recentes trabalhos no Brasil contaram com a participação de vários músicos locais como Jorge Riba, Marcelo Santana e Maracatu Porto Rico. Já para os próximos shows, sua banda contará apenas com músicos locais.



Fontes dos textos: Assessoria de Comunicação das bandas

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