terça-feira, 22 de novembro de 2016

Conheça cada uma das 15 atrações do Festival Cena Brasil 2016 para este domingo (27.11).

Festival Cena Brasil 2013 - em palco, o cantor Vertin Moura.
Em dois dias do 14º Festival Cena Brasil, além da música, haverá a Feira Social de Economia Criativa, a ala da Gastronomia de Terreiros, Oficinas Gratuitas de Rádio e Fotografia (para alunos de escolas públicas), a tradicional Marcha da Consciência Negra e a 1ª Caminhada de Povos de Terreiros que, este ano, vai sair do Mercado da Ribeira percorrendo as ruas da Cidade Alta, até chegar na Praça do Carmo, local do evento. Entre mais de 300 inscritos para participar do Festival Cena Brasil 2016, foram selecionados 15 atrações. Para deixar o público com um gostinho na boca, a organização do festival apresenta o perfil das atrações que irão abrilhantar o evento nos dois dias de muita música e afins.

Já no domingo (27.11), o palco do Festival Cena Brasil vai sacudir a galera, com uma boa pitada de cultura popular.

Confira o perfil de cada atração do dia:

MARACATU LEÃO DAS CORDILHEIRAS
O Maracatu Leão das Cordilheiras foi fundado em 07 de setembro de 1985 pelo Mestre Manoel Roque Batista. O grupo é formado por moradores do município de Araçoiaba-PE e tem como objetivo a difusão da cultura popular pernambucana entre os jovens e adultos da localidade. Uma das ações realizadas pelo Maracatu é o incentivo à alfabetização, proporcionando a retirada das crianças do trabalho em canaviais. Ao longo dos anos o Maracatu tem participado de eventos como o Encontro de Maracatus de Baque Solto de Pernambuco, promovido pela família Salustiano. No Carnaval do Recife em 2015 e 2016, o Leão das Cordilheiras de Araçoiaba se apresentou em polos como Várzea, Mustardinha, Buriti e no Corredor do Arruda. Já no Carnaval de Olinda, o grupo se apresenta todos os anos, desde 2012. Ainda durante os festejos de Momo, o grupo promove a saída oficial do Maracatu em Araçoiaba, o Maracatu também participa do Encontro de Cultura Popular daquele município. O grupo já se apresentou no Pólo do Carnaval de Pesqueira em 2010, e em 2014, 2015 e 2016 o Leão das Cordilheiras também participou do carnaval de Igarassu. O Grupo também participa de apresentações em eventos corporativos, congressos e feira. Em 2016 participou da FENEARTE, maior feira de artesanato de Pernambuco.

MESTRES DO COCO PERNAMBUCANO
O grupo Mestres do Coco Pernambucano é um espetáculo musical criado pelo Ponto de Cultura Farol da Vila para representar a cultura popular pernambucana e brasileira. O projeto reúne mestres coquistas e percussionistas, das diversas matrizes do coco afro-brasileiro (indígena-ibérica-negra), no estado de Pernambuco. A proposta nasceu no Recife, em 2010, para impulsionar, resgatar, valorizar, fortalecer e preservar a música e a brincadeira do coco de roda e suas vertentes culturais. E foca na mistura das sonoridades ancestrais e de resistência histórica dos ritmos pernambucanos, utilizando-se instrumentos de sopro, cordas e peles. A formação artística do grupo Mestres do Coco Pernambucano é comandada por três mestres coquistas do estado. E que utilizam instrumentos como rabeca, pífano, maraca e pandeiro, acompanhados por um terno percussivo de músicos com caixa, alfaia e ganzá, que juntos transformam o show num espetáculo excêntrico e pitoresco. Numa única apresentação do grupo Mestres do Coco Pernambucano é possível se transmitir ao público um show pulsante de altíssima qualidade musical, bastante diferenciado dos demais. Participam do grupo os mestres Índio Matinho (pífano e maraca), Jujuba do Coco (voz e pandeiro), e Rico Toadas (voz, rabeca e pandeiro), e os percussionistas Gêmeo (caixa e back-voz), Fofo Cocada (alfaia e ack-voz) – Alfaia e Back-voz, Adonai Cabelo (ganzá e back-voz).

TAMBOR DA TERRA
O grupo Tambor da Terra é formado por músicos pernambucanos que possuem o gosto pela música africana, afro-brasileira, latina e regional. Fundado em 2012, aos pés da Matriz de São Pedro em Olinda, o grupo mostra a boa música, instrumental e cantada, através de performances musicais e dinâmicas. Tendo sua base formada por ritmos africanos, cria uma nova realidade musical sem esquecer-se da importância das raízes vindas da África e da diversidade cultural do povo pernambucano. Tambor da Terra usa de sua harmonia percussiva e ousa misturar elementos de nossa cultura influenciada por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Capiba, entre outros. Além disso, influências nobres da cultura afro, como Mamady Keita, Famoudou Konaté, e Soungalo Coulibaly. O resultado é uma música dançante, efervescente, popular, refinada, atualmente universal e de identidade própria. Formado por quatro músicos e uma musicista, suas apresentações utilizam instrumentos de percussão, violão, contrabaixo, escaleta, loops orgânicos e samplers. Já participaram do Festival Pré-AMP, Arraial Instrumental, Festival de Inverno de Garanhuns, Festival Tambor Caboatã, Sasquaravana/Festival Cena Cumplicidades, 1ª Edição Terra e Tinta, e outros eventos.

JÚLIO SAMICO
O disco voador musical do cantor e compositor Júlio Samico apresenta seu novo trabalho de música autorais, apresentando ritmos pernambucanos como frevo, ciranda, coco. Em parceria com alguns compositores como Erickson Luna, Hélcio Clemente, Gato Blekenfeld reuniu as faixas do novo disco deste premiado pernambucano. Este trabalho é intitulado Júlio Samico e o Circo Voador, com a gravação do CD e show de lançamento no Espaço do Sítio da Trindade – Recife/PE, que contou com a participação de um público significativo. Como compositor, participou de festivais de música carnavalesca como Frevança e Recifrevo nos anos 80 e 90. Classificou os frevos-canção Frê fantasia e Recife a Cantar, pela TV Jornal do Comercio, e o frevo de Bloco do vintém no concurso de músicas carnavalescas patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Recife, na TV Globo. Como forma de criação, apresenta ritmos como frevo, ciranda, maracatu, caboclinho, nesta linha. Como cantor, apresenta-se em várias casas noturnas, espaços culturais e teatros, como também, turnês em algumas cidades do estado. Participou do projeto Luas de Pinzón, promovido pela Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, onde apresentou o show O Amigo da Paz. Músico, cantor, produtor cultural e professor de violão. Júlio Samico detém uma carreira musical que vem sendo construída há mais de trinta anos, quando iniciou como integrante do Coral do Colégio Soares Dutra como também do Conservatório Pernambucano de Música, recebendo orientação do Maestro José Gomes. Produziu o primeiro Encontro Pernambucano de Choro, contando com a participação dos principais nomes do gênero em Pernambuco.

COCO DOS PRETOS
O som característico do coco vem dos instrumentos (ganzá, tambor, pandeiro, chocalhos, congas, maracas e tamancos), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos. A sandália de madeira é, sem duvida, um dos instrumentos mais importante do conjunto musical. Além disso, a sonoridade é complementada com as palmas. Criado em 14 de março de 2006, o Grupo Cultural Coco dos Pretos traz ritmo inovador com a proposta de ampliar e aprimorar o batuque (sem esquecer suas raízes) e influenciar diretamente os componentes. O Grupo Cultural Coco dos Pretos nasceu em uma oficina dada pelo Projeto Social Cambinda Estrela em 2006, na comunidade de Chão de Estrelas. A formação está ligada ao Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo, ao Maracatu Nação Cambinda Estrela e mestres griôs da comunidade de Chão de Estrelas e adjacências, como Mestre Mumu e Waldemir, entre outros. O Grupo Cultural Coco dos Pretos já fez dezenas de apresentações em cidade do interior do Recife, bairros da RMR e outros estados, começando assim a ampliar seu estudo e trabalho dentro da cultura popular. Atualmente, o Grupo Cultural Coco dos Pretos realiza seus ensaios na sua sede localizada na comunidade de Chão de Estrelas, onde desenvolve um belo trabalho voltado à construção sócio cultural, preservando e divulgando a cultura afrodescendente. Trabalha sempre fazendo alusões aos sambas e pontos de cocos criados nas giras de Jurema, prestigiando toda comunidade e os coquistas importantes para a nossa formação, a exemplo de Dona Selma do Coco, Zé Neguinho do Coco, Coco Raízes de Arcoverde, Dona Tetê, Aurinha do Coco, Coco do Mumu, dentre tantos outros. A indumentária do coco vem representada por cavalheiros vestidos de calça listrada, xadrez, floridas ou brancas de boca estreita, camisa com a mesma estampa, sandálias, chapéu de palha. As damas de vestido estampado, branco com bordados, enfeites no cabelo e saias bastante rodadas, com babados, sandálias de couro ou até mesmo descalças. A coreografia é dançada em roda composta por homens e mulheres, alternadamente e assim os pares se sucedem.

VIBRAÇÕES
Vibrações é uma banda nascida na cidade de Maceió, no estado de Alagoas, no ano de 1998, que busca compor sua identidade a partir da junção da música jamaicana com o hibridismo que compõe o cenário musical brasileiro, mais especificamente o nordestino. Hoje com 18 anos e com influências diversas, traz na bagagem a sua autenticidade na estrutura rítmica contagiante dos batuques afro-brasileiros e indígenas, letras mescladas com o apelo urgente pela não violência, baseada na paz, amor e justiça para com todos desfavorecidos. A banda busca através da confrontação dos padrões estéticos, musicais e regionais, uma forma de "territorização" dessa parcela da população brasileira, no sentido de fazê-la reconhecer-se e sentir-se inserida no meio através de uma cultura que a represente. Acreditando que, isso seja possível, através da exposição da herança racial, da música regional e do linguajar típico dos nordestinos, não só resistindo à esmagadora cultura de massa, como também enfrentando os ditames dominantes. Tendo seu trabalho divulgado no nordeste e centro-sul do país, a banda Vibrações teve o privilégio de dividir palco com artistas de alta qualidade, nacionais e internacionais como Gilberto Gil, Cidade Negra, O Rappa, Natiruts, The Wailers, Groundation, S.O.J.A., Eric Donaldson, Gregory Isaacs, Don Carlos, Max Romeo, Alpha Blondy, The Abyssinians, Israel Vibration, Midnite, entre outros que exerceram forte influência aos componentes da banda, aumentando assim, o seu leque de referências. No dia 07 de fevereiro de 2015, gravou o seu 2º DVD no Festival Pré no Reggae, realizado no Paço da Alfândega, Recife Antigo (PE). O evento contou com um público de cerca de 11 mil pessoas.

JEDSON NOBRE AKA ABEOKUTA DJSET
Abeokuta djset o nome é inspirado na cidade natal de Fela Kuti. É um dos membros e fundador da Abeokuta Afrobeat, primeira orquestra do gênero em Pernambuco. Pesquisador da música e cultura africana, vem movimentando e promovendo festas afro como o Fela Day PE e África Brasil. Suas apresentações musicais vão além do Afrobeat difundido na Nigéria apresentando outros estilos musicais do continente africano como o Highlife, Juju Music, Ethiojazz, Sakpata, Sato, Agbadja, Tchenkoumé, Cavacha. Oriundos da Nigéria, Ghana, Benin, Mali, Togo, Angola e Etiópia. Fazendo com que a plateia sinta uma experiência intensa criando um ambiente de entrega e fervor. Jedson Nobre é um grande admirador de Fela Kuti e decidiu colocar uma antiga vontade de trabalhar com música africana em prática após uma viagem ao Rio de Janeiro, em maio de 2012. Na ocasião, conheceu o baterista Tony Allen e o guitarrista OgheneKolgbo - ambos ex-parceiros e integrantes da Africa 70 de Fela Kuti, onde participou de uma jamsession com outros participantes de peso. Entre eles, estavam BNegão, André Sampaio e Abayomy Afrobeat Orquestra.


Por Cristiano Jerônimo.

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SERVIÇO: 14º Festival Cena Brasil – Edição 2016
Quando: Dias 26 e 27 de novembroOnde: Praça do Carmo, OlindaO que rola: Música, Feira Social, Feira de Gastronomia de Terreiro, 6ª Marcha da Consciência Negra, 1ª Caminhada de Povos de Terreiro, oficinas e palestras.
Horário: A partir das 16h


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