terça-feira, 22 de novembro de 2016

Fique por dentro de cada uma das atrações do 14º Festival Cena Brasil para este sábado (26.11)

Em dois dias do 14º Festival Cena Brasil, além da música, haverá a Feira Social de Economia Criativa, a ala da Gastronomia de Terreiros, Oficinas Gratuitas de Rádio e Fotografia (para alunos de escolas públicas), a tradicional Marcha da Consciência Negra e a 1ª Caminhada de Povos de Terreiros que, este ano, vai sair do Mercado da Ribeira percorrendo as ruas da Cidade Alta, até chegar na Praça do Carmo, local do evento. Entre mais de 300 inscritos para participar do Festival Cena Brasil 2016, foram selecionados 15 atrações. Para deixar o público com um gostinho na boca, a organização do festival apresenta o perfil das atrações que irão abrilhantar o evento nos dois dias de muita música e afins.

Para o sábado (26), o Festival Cena Brasil 2016 divulga o perfil das atrações que estarão neste dia:

MARACATU ESTRELA DA JACY
O Maracatu Estrela da Jacy surgiu a partir de um trabalho de pesquisa sobre o Maracatu Rural realizado pela professora Cristiane Silveira, o que motivou o grupo da Escola Municipal Jacy Estelita Guerra, que fica no Engenho Imbu, na cidade de Vicência, a montar esse cortejo. Assim, desenvolveu-se um trabalho em sala de aula para que os educandos conhecessem um pouco da história do Maracatu Rural, sua origem, evolução, os personagens, a função de cada um dentro do brinquedo e o que representam para o folguedo. O grupo foi fundado no ano de 2010, pela professora Cristiane Silveira, juntamente com os educandos do 4º e 5º ano do ensino fundamental. O cortejo é formado por trinta componentes, representando os diversos personagens: Burra, Mateu, Catirina, Caboclos de lança, Arreiamá, Dama da Boneca e a Calunga, Baianas, Rei e Rainha, Sombreiro com o Guarda-chuva, índias e o bandeirista com o Estandarte do grupo. A referida professora atua como mestra, ministrando a brincadeira e tirando as loas para o público. Realizaram várias apresentações. Não somente no município, mas em outras cidades, inclusive na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Participou ainda dos desfiles dos distritos levando o cortejo e a história do Maracatu Rural através das loas cantadas pela mestra do brinquedo. Em 2012, o grupo foi contemplado com aprovação do projeto: Ampliando o Cortejo do Maracatu Estrela da Jacy, proposto por Cristiane Maria de Oliveira Silveira ao FUNCULTURA e sendo realizado no ano de 2013, quando foram confeccionadas novas fantasias e adereços para o Maracatu, através de oficinas envolvendo os brincantes e familiares com o objetivo de ampliar e melhor estruturar o cortejo do brinquedo. Neste ano, realiza o Projeto Batendo o Terno – Oficina de Terno no Maracatu Estrela da Jacy, onde as crianças aprendem a tocar os instrumentos. Pelo FUNCULTURA, está comtemplado também pelo com o Projeto Caravana Maracatu Estrela da Jacy, onde se apresentará em quatro regiões do nosso Estado, divulgando e valorizando o brinquedo.

MAGNATAS DA BEIRA-MAR
Banda formada em meados de 2004, no bairro de Peixinhos, subúrbio de Olinda, composta por sete integrantes remanescentes de outras bandas que se juntaram neste novo projeto. A banda busca uma sonoridade não pré-definida, trazendo consigo a diversidade de seus componentes. Partindo do reggae, jazz, funk, samba, rock, rap, embolada, drum bass, afro bit, macumba, cumbia e tantos outros ritmos a serem explorados. Antes, no começo, só haviam as letras e músicas já compostas de outros carnavais, faltando os instrumentos e local para ensaiar. Foi quando surgiu a ‘caxanga’ da beira-mar, localizada na rua do Giriquití, margeada por um dos braços do Rio Beberibe, onde construíram o primeiro estúdio coletivo reciclado da região metropolitana do Recife. Foi num barraco à beira do Rio Beberibe que instalaram o QG da banda. O casebre, em pouco tempo, se tornou uma usina de som com múltiplas influências. Os magnatas conseguem manter viva a vontade de continuar a propagar a música que contém letras de incentivo, autoestima, amor e paz para a transformação social através da arte.

SASQUAT MAN
Sasquat Man apresenta “Alfazema”, seu primeiro disco, autoral e independente. O resultado do trabalho revela uma forte influência do ska, do trip-hop, e dos afrobeats de Fela Kuti, que se fundem às levadas de samba e compõe um universo sonoro autêntico e contagiante. Pernambucano, de Olinda, Sasquat Man é guitarrista, compositor e cantor. Foi integrante e um dos fundadores da banda Monjolo, que lotava os clubes de São Paulo no início dos anos 2000. A banda acabou, mas Sasquat Man não parou mais. Para gravar seu primeiro disco, convidou os músicos Hugo Carranca (baterista da banda de Otto), Iggor San (baixista da banda Dizmaia), Gustavo Joe (teclados da banda Mundo Livre S/A), Marcelo Monteiro (sax da banda Criolo) e ainda contou com as participações especiais de Marquinhos Costa na guitarra-base de “Homem Guaracheiro”, Alexandre Urêa (percussionista da banda Eddie e Academia Da Berlinda) e o músico Rafik Alfaia (banda AlfaMan) fazendo o baixo em “Ilha Bela”. Quem assina a produção musical é seu irmão, o grande produtor Buguinha Dub, que já produziu trabalhos de Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Planta e Raiz, Lucas Santtana e outros nomes da música brasileira. Esse encontro de excelentes músicos, da ótima voz e guitarra de Sasquat Man e ainda capitaneado pelo mago do som, Buguinha Dub, já chega merecendo seu lugar de destaque.

ALIADOS CP
O grupo nordestino da zona norte do Recife, Aliados CP, atualmente formado por Mano Gão (MC), Fumaça (MC), AF (MC) e DJ Paulo V. São quatro representantes da cultura hip hop de atitude, que vivem o presente sem esquecer o passado, construindo uma nova forma de agir e pensar. Fundado em 2003, lançou seu primeiro trabalho independente no final de 2005, intitulado “Enxergamos uma luz”. No ano de 2012, o grupo lançou seu 2° album: ¨Vivendo o presente sem esquecer o passado¨, que conta com participações especiais de Zé Brown, Jorge Poeta, Maggo MC, Vato loko (SP) e Tufão. Durante dez anos de luta, sonho e dedicação os aliados fizeram várias apresentações, tais como: Pólo Hip Hop, Carnaval Multicultural do Recife, Grande Encontro dos Músicos e Artistas, 2ª Edição do “Zé Brown apresenta talentos” e o 1° Encontro Nordestino de Hip Hop. Em 2012 participou do Pré AMP, onde 18 bandas foram selecionadas de um total de 122 para a etapa seletiva do festival no Pátio de São Pedro – estando entre as seis Bandas que foram para a grande final, na Rua da Moeda, conquistando o 2° Lugar no Festival. Recentemente, neste mesmo festival o grupo obteve também destaque entre as outras atrações e levou o público ao delı́rio com sua apresentação performática, levando ao palco, elementos que lembrava os tempos do cangaço nordestino e da cultura der rua através da dança. No início de 2014, participou da seletiva estadual e nacional do Reality Show de bandas intitulado SUPERSTAR, da Rede Globo. Se apresentou no “2º Festival de Cultura da UJS: amar e mudar as coisas”, realizado entre os dias 22 a 25 de maio de 2014, no Distrito Federal, em Brasıĺia. O Aliados CP vai além do rap.

ETNIA PE
Com a energia e a influência do movimento manguebeat, da qual fez parte, o histórico da banda nos leva para um momento ímpar da música pernambucana, a década de 90, onde uma cena urbana apareceu através do expressivo nome do movimento que reunia os melhores “Caranguejos com cérebro” de Pernambuco. Foi durante esse período que surgiu a ETNIA, uma banda de pernambucanos que se utiliza das influências rítmicas locais para personalizar suas músicas. Sua discografia completa é composta por três álbuns: “Maracatu popular brasileiro”, “Um novo momento” e “Depois do mangue vem a praia”. O mais novo álbum se chama “Depois do mangue vem a praia”, título que tem o intuito de mostrar que o mangue é o berçário onde surgiu a contemporânea música pernambucana, mais que é na praia, um lugar de uso comum a todos, onde o verdadeiro valor de nossa terra aparece para saltar aos olhos de quem tem a oportunidade de vê-la. Conceitualmente falando, a praia significa o seu lugar, a sua vertente, o seu caminho. Por ser tão democrática, a sua praia é a trilha escolhida para percorrer o caminho por onde o som da Etnia transita chegando às pessoas com o intuito de trazer muita felicidade e alegria. O disco está repleto de participações de artistas como, Marcaxé, Pácua, Zé Brown, Dom Pablo, Amaro Freitas, Ibrahim Genuíno, José Lencastre, Rinaldo Carimbó, Jennifer Garcia e Dadal Souza, além dos músicos da banda: FK, Canhoto, Mano Cardoso, Bruno Nascimento, André L.

JULIANA HOLANDA
Com um salto fincado no profissionalismo musical, Juliano Holanda, comemora mais de dois anos desde que o goiano deu o primeiro passo em direção à carreira solo. De lá pra cá, vem reafirmando a carreira entre os grandes músicos de sua geração. Requisitado produtor, diretor musical, instrumentista e compositor, com mais de 100 canções gravadas por artistas diversos, o músico acrescentou em 2015, em seu extenso currículo, a assinatura da trilha sonora original para a minissérie Amorteamo, produzida e exibida pela TV Globo. No dia a dia, segue entre produções e palcos, criando novas parcerias - como as feitas com Zé Manoel - e atuando como integrante da Orquestra Contemporânea de Olinda e da nova formação da lendária banda Ave Sangria. Na carreira solo, Juliano caminha com a segurança e a maturidade de quem carrega uma bagagem de mais de 20 anos dedicados à música. Em 2013, foram dois discos autorais saídos de uma só vez do forno: A arte de ser invisível e Pra saber ser nuvem de cimento quando o céu for de concreto. Agora, Juliano Holanda não é mais tão invisível como propositalmente sugeria em seus primeiros passos. Composições como Ouriço, de sua autoria, passa dos 100 mil views em cada publicação que os fãs fazem no You Tube, sem contar com as diversas interpretações que a canção ganhou de amadores e profissionais. Braseiro, Partilha, Morada e Ser leve, são outros “sucessos inesperados”, segundo o autor, que são cantadas em coro por onde passam. O trabalho de Holanda vem se misturando de forma natural à produção contemporânea da música em Pernambuco. Já são mais de 100 registros com sua assinatura. Só em 2015, ele já realizou parcerias com músicos e bandas como Geraldo Maia, Adiel Luna, Bandavoou, Johsi Guimarães, Passarinhos do Cerrado, Jr. Black, Mexidinho e Orquestra Contemporânea de Olinda, além de Isadora Melo e Zé Manoel, parceiros com quem divide os palcos e afinidades.

CANNIBAL & CAFÉ PRETO
Reggae, dub e pop são os principais ingredientes explorados pelos cantor Cannibal & Café Preto. Inspirado no modelo Sound System – cria da cultura jamaicana – a banda Café Preto, capitaneada pelo cantor Cannibal (Devotos), ao lado do músico e produtor musical PI-R, oferece um trabalho totalmente autoral que se expande em saborosos delays e reverbs. O show da Café Preto também possui uma leva de searas musicais. Uma versão de “Preciso me encontrar”, clássico de autoria de Candeia, imortalizada na voz de Cartola, compõe o repertório com nova roupagem. Além desta, ganham interpretações de Cannibal “Gostoso demais” (Nando Cordel), “Boa Vista” (Trindade Club) e “O Samba” (Nanica Papaya). Para quem ainda não conhece, a primeira bolachinha está disponível para download. Este primeiro disco contou com convidados especiais como Fred Zero Quatro, Areia (Mundo Livre S/A), Chico Tchê, Publius, Ori, Marcelo Campello, Berna Vieira e Zé Brown, além do carioca Ras Bernardo e obteve críticas positivas de veículos como Folha de São Paulo, Rolling Stone e Carta Capital. Recentemente a banda lançou um compacto “LO-FI”, em vinil, sob o título “120 km” com a participação do maestro Spok. "Canção de Amor" é narrativa que conduz o personagem principal através de um caminho de 120 km percorridos para reencontrar seu objeto de desejo. A jornada pede as bênçãos de Oxalá, Iemanjá, referências afro-religiosas também presentes no primeiro disco. Para o futuro, Cannibal planeja lançar o segundo disco da banda, que já conta com cinco músicas. Na nova obra, as batidas continuam eletrônicas, mas a sonoridade é voltada para o soul e e a world music, com participações do percussionista Lucas dos Prazeres, do baixista Cláudio Negrão, da violoncelista Herlane Franciele e do poeta Miró da Muribeca.

DJ RENATO DA MATA
Renato da Mata é desses músicos que vão além da escolha dos sons que vão sacudir o público. Sua intimidade com as pick-ups, sua técnica de mixagem, scratchs e a especial habilidade de manejar seu equipamento, se destacaram nos eventos de Recife e em outras capitais do país. Dj Damata fez parte do "Magia Negra", ao lado do Dj Justino Passos, com a proposta de mostrar a evolução musical da música negra com o melhor do rare groove, soul, funk 70 e rap. Ele também fez parte de bandas da cena recifense, como Tonami Dub, Jr. Black, Galo de Souza e da banda que acompanha Fred 04 (Mundo Livre s/a), interpretando Nelson Cavaquinho. DJ Renato da Mata criou interesse pela música por influência do seu pai que é músico e tinha uma grande discoteca em sua casa, onde seus amigos sempre levavam discos das décadas de 1970/80 para audição das produções, criando um gosto musical que o levou a um repertório centrado na black music e suas vertentes. Iniciou sua carreira em 2006, participando de eventos no litoral do nordeste brasileiro, conhecido pela frequência turística de jovens de todo o Brasil e também de estrangeiros. Na Praia de Pipa (RN), passou a fazer residência de longa temporada na boate Calangos e logo conquistou um lugar de destaque em todo o estado. E foi residente da Quinta Black em Recife (PE) durante cinco anos. Damata já tocou ao lado de djs como Negralha (O Rappa), Kl Jay (Racionais Mc’s), Spin Easy (NY), Rica Amaral (SP), Nuts (Marcelo D2), Nyack (Emicida), Heron Love (SP), Buguinha Dub (PE), Mau Mau (SP), Castro (Black Alien), Marco e Dandan (Criolo), Nedu Lopes (BH), Tamenpi (Só Pedrada) e Cliffy (UK). Vai dar o que dançar!!!


Por Cristiano Jerônimo

#CenaBrasil2016 #Olinda #Cultura #DiversidadeCulturalSustentabilidade

SERVIÇO: 14º Festival Cena Brasil – Edição 2016
Quando: Dias 26 e 27 de novembro
Horário: A partir das 16h
Onde: Praça do Carmo, Olinda
O que rola: Música, Feira Social, Feira de Gastronomia de Terreiro, 6ª Marcha da
Consciência Negra, 1ª Caminhada de Povos de Terreiro, oficinas e palestras.


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